quinta-feira, dezembro 25, 2008

Não preciso

Não preciso mais de você
Agora não preciso mais
Já esqueci, esqueça, o tempo...
Passou por entre nós dois
O tempo nos arrastou
Essa terra é uma terra estranha
De estranhamentos e de esquecimentos
De estremecimentos sutis
De um medo tão mortal e fugaz
Que se perde, o medo, em tudo
Que não alimentamos como se devia
E deixamos para trás...
Essa seta solta no infinito
O tempo...
Agora não preciso
Não preciso mais

A névoa

Do lado de dentro dos seus olhos
Para fora a pretensa visão
E entre seus olhos e tudo

Além da pretensa visão
A névoa...

Como um véu a encobrir as coisas
Preservando segredos
Prejudicando toda nitidez
E gerando incertezas
A névoa...

Entre o que você vive
E o que você sonha
A névoa